sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Barcas devem mais de R$ 500 mil em multas

Na terça feira, a Concessionária Barcas S/A foi protagonista de mais uma polêmica. A Barca Boa Viagem, de modelo tradicional, apresentou um problema técnico e ficou a deriva por uma hora. O evento ocorreu logo após a saída do terminal Araribóia a caminho da estação Praça XV, e foi preciso que o catamarã Urca III fizesse o transbordo dos passageiros. Esse foi só mais um dos muito episódios envolvendo a concessionária, que é alvo de denúncias diárias e até de uma CPI. São tantos problemas operacionais, que em agosto, o governo do estado desapropriou alguns catamarãs da empresa Transtur, que estavam parados, com o objetivo de ajudar na travessia Rio-Niterói. Porém três meses após o anúncio, nada de concreto foi decidido.
As principais queixas dos usuários das Barcas S/A se referem a superlotação dos catamarãs, atraso nas viagens e estado precário das barcas antigas. De acordo com Gilberto Palmares, ex-presidente da CPI das Barcas, a concessionária nunca cumpriu o que estabelece o Contrato de Concessão, ou seja, oferecer 10 mil lugares nos horários de pico, com 10 novos catamarãs que poderiam atender à demanda. Além disso, a empresa também é alvo de investigações da Agetransp, que vem aplicando, ao longo dos anos, diversas multas devido aos problemas apresentados nas operações. Só em 2010, a Agência aplicou cinco multas na concessionária, totalizando o valor de R$ 1.383.457,50. Dessas cinco, três encontram-se em fase de recurso e duas já transitaram em julgado, totalizando R$ 553.383,00 a serem pagos.
Para melhorar a situação das Barcas, em agosto deste ano, o governo do estado publicou um decreto desapropriando dois catamarãs da empresa Transtur, que estavam parados desde 2008. O objetivo era reforçar o transporte aquaviário entre o Rio e Niterói, já que as embarcações aumentam a oferta para passageiros que fazem a travessia entre as duas cidades diariamente. Os catamarãs, que estavam parados no estaleiro Transnave desde 2008, são mais rápidos do que as embarcações da Barcas S/A
Cada catamarã tem capacidade para 420 pessoas e é equipado com ar-condicionado, poltrona reclinável e televisão. Na época em que estava em operação, o preço das passagens desses catamarãs era mais caro do que o das barcas. Mas o governo do estado garantiu que, agora, quando esses catamarãs voltassem a operar, o preço vai seria o mesmo que o das Barcas na época: R$ 2,80.Porém, três meses depois, nada foi decidido
Procurada por A TRIBUNA, a Secretaria Estadual de Trasnportes, informou, através de sua assessoria, que o Governo do Estado está em processo de contratação de uma empresa para que seja realizada avaliação dos catamarãs da antiga Transtur que foram declarados de utilidade pública para fins de desapropriação pelo Governo do Estado. O objetivo da avaliação é chegar ao valor que deve ser remetido pelo Governo para a Transtur por conta da desapropriação.

A Tribuna

Nenhum comentário:

Postar um comentário