quinta-feira, 24 de março de 2011

Cuidados da população contra a dengue.

O secretário de Estado de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes, participou de uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 24 de março, com objetivo esclarecer à população sobre os cuidados constantes que todos precisam ter para diminuir a proliferação do mosquito da dengue e, consequentemente, o número de pessoas infectadas.

- Como 90% dos focos do mosquito da dengue estão dentro das casas concentramos nossa atenção nos agentes de endemia, responsáveis por visitar as residências e identificar possíveis focos do Aedes aegypti. Eles nos passam informações precisas de onde há risco de proliferação e agem de forma rápida no combate, além de mapear quais locais já foram visitados -, explica o secretário Côrtes.

Outra medida adotada pela Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil (Sesdec) é estimular os municípios a notificarem os possíveis casos de dengue para que as medidas de combate ao mosquito sejam adotadas de forma rápida e concentradas nos locais em que há maior necessidade.

Na Baixada Fluminense foram montados vários Centros de Referência para Atendimento à Dengue, As unidades são climatizadas e lá os pacientes passam por consulta e, se necessário, recebem hidratação venosa. Além disso, todas as UPAs têm locais específicos para atender pessoas com sintomas típicos como febre, dor de cabeça, dor atrás dos olhos e dor no corpo, sem precisar esperar na fila de atendimento de pacientes com outros tipos de demanda. Os sintomas são os mesmos para qualquer tipo de vírus. A orientação da Sesdec em todos os casos é que as pessoas que apresentarem os sintomas mencionados acima procurem atendimento nas UPAs ou postos de saúde próximos de suas casas.

- A identificação e tratamento de pacientes com dengue é feito por meio de exame clinico. Os exames laboratoriais são feitos por amostragem e servem como parâmetro para definirmos as ações epidemiológicas –, esclarece Alexandre Cheippe, Superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental.

Sobre o vírus da dengue do tipo 4, o secretário Cõrtes esclareceu que esse tipo especifico de vírus não é mais agressivo que os outros, segundo dados da literatura médica mundial. Como a população no Estado do Rio não tem imunidade a ele, ainda não é possível mensurar qual será o impacto nas pessoas contaminadas, mas não é correto afirmar que o vírus tipo 4 provocará uma epidemia de dengue no Estado. As ações da Sesdec de combate à dengue não serão alteradas independente do tipo de vírus circulante por que são constantes e de rotina. Quando é identificada a transmissão de dengue em alguma localidade, uma equipe é mobilizada para fazer uma ação de bloqueio da forma alada do mosquito e é intensificado o controle da forma larvária, com aplicação de larvicidas se for o caso e a utilização do Ultra Baixo Volume (fumacê), seja ele postal ou acoplado em carros.

No próximo mês de maio, a Sesdec lança a Campanha de Combate à Dengue 2012 e um dos focos principais serão as crianças, por meio do Projeto Rio Contra Dengue nas Escolas, que começou em abril de 2010 e já passou por 46 escolas, chegando a 3.389 alunos multiplicadores. Para 2011, a previsão é atender 200 escolas da rede estadual, municipal e privada, formando 20 mil multiplicadores, até o final do ano.

Em apoio às equipes municipais de agentes de saúde, os militares do Corpo de Bombeiros devem realizar cinco milhões de visitas a prédios públicos e residências, em busca de focos do mosquito, em 26 municípios. Já o projeto Rio Contra Dengue nas UPPs, iniciado em 29/12, já capacitou cerca de 700 crianças e adolescentes moradoras de comunidades no combate aos focos do mosquito da dengue.

Painel de controle – A Sesdec adotou na semana passada uma nova ferramenta para agilizar a tomada de decisões para minimizar os riscos de epidemia de dengue no Estado, o Painel de Acompanhamento da Dengue. O sistema disponibiliza informações como o número de casos notificados, taxa de incidência da doença, óbitos confirmados, circulação vetorial e o tipo viral em cada município. Os dados são colhidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e também dos registros de atendimentos realizados pelas UPAs 24h em todo Estado. O método utilizado para recolher as informações é o Business Intelligence (BI). Essa é primeira vez que o Governo do Estado do Rio usa um sistema de inteligência como esse para aprimorar a gestão.

SESDEC

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