quinta-feira, 29 de setembro de 2011

SECRETARIA DIZ, NA ALERJ, QUE REDUZIU CARÊNCIA DE PROFESSORES EM 80%


A Secretaria de Estado de Educação anunciou que a carência de professores no Rio caiu de 11.773 para 2.330 profissionais, uma redução de quase 80% no período entre 2010 e 2011. Os representantes do Executivo ainda afirmaram que, nos próximos meses, novos concursos públicos para todas as disciplinas estão programados, com 1.900 vagas para professores com carga horária de 16 horas e 1.500 vagas para professores 30 horas. Os debates aconteceram nesta quarta (28), durante audiência pública da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, presidida pelo deputado Comte Bittencourt (PPS).

De acordo com a secretaria, nos últimos quatro anos, 20.296 professores foram afastados e 40.742 docentes novos chegaram à rede estadual. “Desde 2007, a Seeduc está promovendo concursos públicos e tivemos 40 mil novos professores na rede. É claro que houve afastamentos devido à aposentadoria e outros problemas, mas tivemos um saldo líquido de 20 mil novos professores”, afirmou o chefe de Gabinete da Secretaria de Educação, Sérgio Mendes, que não incluiu na conta os números do novo concurso que colocará à disposição mais 3.400 vagas para diversas disciplinas. “Ainda temos carência no estado. A secretaria está trabalhando para acabar com isso. Até o final do governo Sérgio Cabral, vamos evoluir mais”, prometeu Mendes.

Durante o encontro, o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação denunciou que escolas do estado estariam aprovando, com média 5, alunos que passaram o ano inteiro sem professores em determinadas disciplinas. “É impossível levar a sério um sistema que vem fingindo que tudo acontece de forma normal. Os alunos estão recebendo nota 5 no boletim só por frequentarem a escola. É um descumprimento da lei, claro e oficial”, denunciou a professora Maria Lugão, representante do Sepe-RJ. O presidente da comissão, deputado Comte Bittencourt (PPS), prometeu apurar a denúncia e, em caso de confirmação, tomar as medidas cabíveis.

“Não há dúvida que essa prática seja prejudicial à sociedade. É uma forma de descumprir o que a lei determina. É lamentável”, comentou Comte, que lembrou a Lei de Diretrizes e Bases, que regula a educação nacional. Participaram da audiência deputados, além de representantes da União dos Professores Públicos no Estado.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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