sexta-feira, 15 de junho de 2012

PROJETO DE EDUCAÇÃO NÃO SEXISTA É LANÇADO EM EVENTO NA SEDE DA ALERJ


A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa doEstado do Rio de Janeiro, presidida pela deputada Inês Pandeló (PT), em parceria com o Sindicado dos Professores do Município do Rio e Região, lançou, nesta quinta (14), o projeto “Por uma Educação não sexista”. O evento marcou ainda a comemoração do Dia da Educação Não Sexista (21 de junho). De acordo com a parlamentar, o objetivo é promover, nas escolas públicas e privadas, debates sobre o tema. “A proposta é que os professores sejam capacitados para promover o debate sobre a igualdade entre homens e mulheres,” defendeu a petista.

O lançamento, que aconteceu no Plenário Barbosa Lima Sobrinho, contou com a presença de alunos do Centro Universitário Uniabeu (Baixada Fluminense e Angra dos Reis) e do Ciep 179-Professor Cláudio Gama (São João de Meriti). Inês explicou que o projeto nasceu da necessidade de “educar para uma sociedade diversa”. “A escola está cada vez mais sendo cobrada, mas, nem sempre, o professor é capacitado para educar para o futuro. Alguns livros didáticos reforçam estereótipos, desigualdades e preconceitos. Esperamos que os docentes estimulem a discussão e o debate sobre a desigualdade de gêneros. Este tema precisa ser trabalhado dentro de sala de aula, para termos um futuro melhor”, afirmou.

Para o presidente do Sinpro, Wanderley Queda, a distinção entre os sexos impede o crescimento intelectual dos alunos. “A diferença entre homens e mulheres, negros e brancos, pobres e ricos está presente na história do Brasil. É preciso que os professores quebrem esses paradigmas. Não podemos criar pessoas preconceituosas para o mundo”, ressaltou. Atenta ao debate, a estudante Amanda Silva, de 13 anos, da 6ª série do Ciep 179, destacou a importância do tema ser discutido entre adolescentes e pais. “Se os professores conversarem com a gente sobre esse assunto e nos mostrarem que não é bom pensar que homem pode jogar bola e menina não, a gente vai acabar falando sobre isso dentro de casa, com os nossos pais e irmãos. Acho que eles vão pensar diferente”, exemplificou.

O encontro também contou com a presença do vice-presidente da Comissão de Direito à Educação da OAB-RJ, Mário Miranda Neto; da coordenadora do Núcleo de Mulheres Jovens da Casa da Mulher Trabalhadora, Iara Amora; da superintendente dos Direitos da Mulher do Governo do estado, Angela Fontes; e do coordenador do projeto “Diversidade sexual na escola” da UFRJ, Alexandre Bortolini.

Cursos

O Sinpro realizará cursos sobre educação não sexista durante os sábados de agosto, sempre das 9h às 12h, no auditório da entidade, na Rua Pedro Lessa, 35, Centro do Rio. O primeiro acontecerá no dia 11, com o tema “Quem disse que rosa é para meninas e azul para meninos?”, com Ana Lúcia Guimarães (Sinpro) e representantes da Camtra. O curso “O que dizem que é sexualidade?” será dia 18, com os professores Alexandre Bortolini (UFRJ) e Elizabeth Salvador (PUC/Unisuam). E, no dia 25, será realizada uma mesa redonda com o tema “Por uma educação não sexista: uma outra escola é possível”. Os debatedores serão as professoras Sandra Regina (Ufes) e Maria Fernanda Salgueiro Duarte (UERJ/Unisuam), Virgínia Figueiredo (Liga Brasileira de Lésbica) e representantes do Sinpro e da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Alerj.

Mais informações pelos telefones (21) 2544-0808 (Camtra) e (21) 3262-3400 (Sinpro).


Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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