A Comissão de Educação
da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro vai apresentar uma emenda ao
Orçamento estadual para 2013 com o objetivo de garantir maior
repasse de verbas para a merenda escolar da rede de ensino. Foi o que
anunciou o presidente do colegiado, deputado Comte Bittencourt (PPS), durante audiência pública nesta quarta
(15). “Temos que pensar em garantir uma merenda escolar com o
mínimo de nutrientes que se exige nessa idade de formação. Com uma
per capita de R$ 0,10 oferecida pelo estado e com o
complemento de R$ 0,30 dado pela União isso não é possível”,
lamentou Bittencourt.
Segundo ele, a equipe
do Governo também reconhece que o valor precisa aumentar. “Espero
que aconteça o mais breve possível, porque esse aumento é um
processo que se prolonga aqui na Casa por muitos anos. Estamos
falando de uma per capita congelada há uma década. Exigir
que diretores consigam comprar os gêneros mínimos para oferecer uma
merenda com R$ 0,40 centavos é impossível”, apontou o
parlamentar. Presente na reunião, a subsecretária de Infraestrutura
e Tecnologia da Secretaria de Estado de Educação, Fátima
Abreu, disse que o baixo valor da merenda escolar é uma preocupação
e que há um projeto para aumentar esse recurso.
“Até o segundo
semestre de 2013, as 1.350 escolas da rede estadual de ensino
receberão o programa de segurança alimentar. Uma das mudanças que
esse projeto pretende é aumentar o valor per capita da
merenda. O projeto também contemplará a parte física das escolas e
todas as unidades vão contar com cozinha, dispensa e refeitório,
além do aumento no número de nutricionistas e estagiários de
Nutrição. Atualmente, a rede conta com três nutricionistas”,
informou Fátima.
Segundo Camila Costa,
nutricionista técnica da Seeduc, muitas escolas da rede estadual
oferecem uma merenda balanceada e de qualidade hoje em dia. “Temos
muitos casos de sucesso na nossa rede. Nossa equipe acompanha o fluxo
do cardápio nas escolas e acredito que aproximadamente 50% das
escolas conseguem seguir o que é proposto pela secretaria”, disse.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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