quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

COMISSÃO DA MULHER RATIFICA CONVENÇÕES DA OIT‏

A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher enviou um ofício para o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), ratificando o apoio às convenções, elaboradas pela Organização Internacional do Trabalho, que beneficiam as empregadas domésticas. Essa informação foi dada pela presidente da comissão, deputada Inês Pandelo (PT), em audiência pública realizada nesta terça (11). “Essa convenção é um plano de políticas públicas, pois homens e mulheres terão igualdade de tratamento e no direito ao trabalho, sem haver discriminação por questões familiares”, ponderou a petista.

A Convenção 156 se aplica a homens e mulheres, com responsabilidades em relação a filhos e filhas dependentes, quando estas questões restringem a possibilidade de se preparar para uma atividade econômica e nela ingressar, participar ou progredir. Já a Convenção 189, que tem enfoque nos trabalhadores e trabalhadoras domésticos, propõe os mesmos direitos fundamentais que os demais trabalhadores, como horas de trabalho razoáveis, descanso semanal de pelo menos 24 horas consecutivas, limite aos pagamentos em espécie, informação clara sobre os termos e condições de emprego, respeito dos princípios e direitos fundamentais no trabalho, incluindo a liberdade sindical, e o direito de negociação coletiva. A vice-presidente do Sindicato de Domésticas de Nova Iguaçu, Nair Jane de Castro, comentou sobre as prioridades para as domésticas. “Não há horário fixo de trabalho, nem garantias de recebimento de hora extra. É muito importante que essa regulamentação nos contemple”, acrescentou.

Quatro países já ratificaram essas convenções: Bolívia, Uruguai, Nicarágua e Filipinas. Os acordos devem entrar em vigor doze meses após a ratificação. A coordenadora continental da Associação Campanhas Mulheres pela Vida, Fani Sanchez, explicou que tratar os empregados domésticos como os outros trabalhadores eleva o índice de desenvolvimento do país. “A aprovação é necessária para que o país continue em crescimento”, concluiu. Foram ouvidas diversas representantes de associações e organizações que defendem o direito das mulheres e o direito das empregadas domésticas. A presidente da comissão reiterou a importância da pressão popular em conjunto com ações do governo. “A ratificação da comissão é mais uma atitude, somando com a mobilização social, que vai criar uma pressão democrática pra que seja agilizada a assinatura para a aprovação desta convenção”, finalizou Inês. Ainda estavam presentes na reunião a presidente do Sindicato das Domésticas, Jorgina dos Santos, e a coordenadora do Centro de Ação Comunitária, Rosa Maria Alvarenga, entre outros.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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