quinta-feira, 9 de maio de 2013

COMISSÃO DE ORÇAMENTO APROVA PARECER PRÉVIO À LDO‏

A Comissão de Orçamento, Fiscalização Financeira e Controle da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro aprovou, nesta quarta-feira (08), o parecer prévio ao projeto de lei, que traz as diretrizes para a elaboração da proposta orçamentária do próximo ano, a chamada Lei de Diretrizes Orçamentárias. “O resultado demonstra que os deputados que integram a comissão ficaram satisfeitos com o que foi apresentado”, disse o presidente da comissão, deputado Coronel Jairo (PSC), referindo-se ao placar da votação do parecer, de cinco a um. O parecer será publicado amanhã no Diário Oficial do Poder Legislativo junto às alegações da deputada Janira Rocha (PSol) para o seu voto contrário e das razões apontadas pelo deputado Luiz Paulo (PSDB) para apresentação de um voto favorável com ressalvas. “O prazo para apresentação de emendas terá inicio no próximo dia 16. Após a publicação delas, prevista para o inicio de junho, vamos discutir e votar relatório com as alterações aprovadas”, adianta Jairo. A previsão é de que o projeto do Poder Executivo vá a votação no plenário no dia 11 de junho. Além de Jairo, e de Luiz Paulo, votaram favoravelmente os deputados Luiz Martins (PDT), Dionísio Lins (PP) e Iranildo Campos (PSD).
Como de costume, a votação foi precedida pela apresentação da proposta pelos secretários de Estado de Fazenda, Renato Villela, e de Planejamento e Gestão, Sérgio Ruy Barbosa. Este destacou o investimento líquido total recorde no último ano, possibilitado pelo aumento da capacidade de investimento e consequente aumento nas operações de crédito. Segundo ele, o estado investiu, em 2012, 13,7% da receita corrente líquida. “Tendência que vai continuar neste e no próximo ano”, informou ele, que apresentou uma estimativa de receita de R$ 70 bilhões para 2014. O valor, no entanto, deverá sofrer redução nos dois anos seguintes e cair a R$ 67 bilhões em 2015 e R$ 67,4 bilhões em 2016. A retração, explicou, será causada pelo fim do Fundo de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais, que se encerra em dezembro de 2014. “Há uma perda de receita global em função do fim do Fecp e de redução na receita de crédito, até porque o fim do fundo reduz a capacidade de endividamento do Estado”, explicou. O Fecp é abastecido por adicionais de ICMS, de 4% para energia e comunicações e de 1% para os demais produtos.

Villela apresentou os parâmetros e variáveis estimados no projeto e apontou o crescimento da arrecadação, sobretudo do ICMS, que já apresenta aumento de 18,09% de crescimento neste primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2012. Gráficos apresentados pelo secretário reforçam o bom desempenho da arrecadação do imposto, correspondente a 44% da receita no último ano: no período de 2008 a 2012 o estado do Rio apresentou o terceiro maior crescimento na arrecadação do imposto no Brasil, ficando atrás apenas dos estados de Pernambuco e do Paraná. O secretário também demonstrou, através de gráfico, a redução do déficit em caixa após os pagamentos. Segundo a apresentação, o caixa saiu dos R$ 3 bilhões negativos em 2006 para o resultado positivo de R$ 1,2 bilhões em caixa no ano passado. “O que demonstra a melhoria gradativa da nossa gestão financeira e orçamentária”, apontou. Sobre os Riscos Fiscais, enviados junto ao texto, o secretário de Fazenda reforçou a expectativa otimista do Governo sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal quanto às mudanças na partilha de royalties de petróleo, segunda maior fonte de receita do Estado. “A expectativa é de manutenção do status quo, já que a ministra Carmen Lúcia, apresentou decisão preliminar favorável”, afirmou.

O percentual de remanejamento e as renúnciais fiscais praticadas pelo Governo foram os motivos alegados pelo deputado Luiz Paulo para fazer ressalvas ao texto. “Sempre que a Alerj permite remanejamento de 20%, o orçamento vira uma peça de ficção. E as renúnciais fiscais, segundo esta proposta, podem atingir 5% da receita corrente líquida do Estado. Daqui a pouco não teremos mais receita, só renúncia”, acentuou. Já a deputada Janira Rocha , que votou contra, destacou questões como a política salarial para o funcionalismo e a inexistência de previsão, entre as metas da proposta, de um projeto de expansão das UPPs. 

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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