sexta-feira, 10 de maio de 2013

FIRJAN APONTA O RIO COMO A CAPITAL CRIATIVA DO PAÍS‏

O Rio de Janeiro é a cidade mais criativa do País. São 26 mil empresas produzindo bens e serviços criativos, gerando um Produto Interno Bruto equivalente a R$ 18,6 bilhões, ou 4,1% de tudo que é produzido no estado. Essa é a maior participação do PIB criativo na economia entre todas as unidades da federação. Esses foram os resultados apontados pelo Mapeamento da Economia Criativa no Brasil, desenvolvido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro e apresentado, nesta quinta (09), durante audiência pública da Comissão de Assuntos Municipais e de Desenvolvimento Regional da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, presidida pela deputada Clarissa Garotinho (PR), em conjunto com a Comissão de Cultura da Casa, presidida pelo deputado Robson Leite (PT).

"Nós descobrimos que o Rio de Janeiro é, de fato, a capital criativa do Brasil. A cidade do Rio detém mais de 70% de toda economia criativa do estado e por isso precisamos desenvolver políticas públicas para impulsionar ainda mais o desenvolvimento do setor", indicou Clarissa, que acredita que o próximo passo para chegar a um resultado ainda mais eficiente seja desenvolver um mapa tributário do setor. "Precisamos desenvolver um mapa tributário da economia criativa, para sabermos quanto o Rio deixa de faturar. É preciso também aumentar o nível de formalização, pois esse é um mercado de trabalho que a informalidade ainda predomina", explicou a parlamentar. Já para Robson Leite, as informações devem ser levadas em consideração na construção da Lei Estadual de Cultura. "O plano estadual deve contemplar essa questão da economia criativa. Esse é um setor importantíssimo, pois gera muito trabalho, emprego e renda para a população e precisamos aproveitar esse momento", alertou Robson Leite.

Ao todo, são 96 mil profissionais empregados no núcleo criativo do Estado. Entre os segmentos, Arquitetura/Engenharia é o mais numeroso, representando mais de um terço (34.021 trabalhadores) do total. Na sequência aparecem os setores de Publicidade (11.922 empregados), Software, Computação & Telecom (10.132) e Design (9.770). O grande destaque, contudo, fica por conta do segmento de Pesquisa/Desenvolvimento. No Rio de Janeiro, sede de universidades de renome internacional e diversos institutos de pesquisa, esse segmento possui a maior participação de trabalhadores no núcleo criativo entre todas as unidades da federação: 7,7%, contra 4,6% da média nacional. Responsável pelo mapa, o gerente de estudos da Firjan, Guilherme Mercês, explicou os motivos do estado fluminense ter alcançado o topo do ranking criativo nacional. "Além da vocação natural do Rio de Janeiro, da arquitetura e da cultura em geral, a gente passa por um momento em que temos muita demanda para a economia criativa. Com isso, o Rio se destaca no setor. Na verdade esse mapeamento permite que a gente possa entender a qualidade de cada setor criativo e customizar políticas públicas específicas, que permitam o desenvolvimento da economia criativa como um todo", disse Mercês.

O Rio é, ainda, o grande protagonista do País no que diz respeito à remuneração. A renda média dos profissionais criativos fluminenses (R$ 7.275) é a maior do Brasil, além de quase quatro vezes superior à média do mercado de trabalho estadual (R$ 2.002). Em oito dos 14 setores criativos analisados, os profissionais fluminenses possuem as maiores remunerações: 

Pesquisa/Desenvolvimento (R$ 12.036); Arquitetura/Engenharia (R$ 10.809), Artes Cênicas (R$ 7.015), Software, Computação e Telecom (R$ 5.820), Televisão/Rádio (R$ 4.709), Filme/Vídeo (R$ 3.671), Design (R$ 3.023) e Artes (R$ 2.954). Para analisar o estudo de forma completa, com informações detalhadas por profissão ou cidade, basta acessar o site www.firjan.org.br/economiacriativa

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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