O Rio de Janeiro é a
cidade mais criativa do País. São 26 mil empresas produzindo bens e
serviços criativos, gerando um Produto Interno Bruto
equivalente a R$ 18,6 bilhões, ou 4,1% de tudo que é produzido no
estado. Essa é a maior participação do PIB criativo na economia
entre todas as unidades da federação. Esses foram os resultados
apontados pelo Mapeamento da Economia Criativa no Brasil,
desenvolvido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de
Janeiro e apresentado, nesta quinta (09), durante
audiência pública da Comissão de Assuntos Municipais e de
Desenvolvimento Regional da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro,
presidida pela deputada Clarissa Garotinho (PR), em conjunto com a Comissão de Cultura
da Casa, presidida pelo deputado Robson Leite (PT).
"Nós descobrimos
que o Rio de Janeiro é, de fato, a capital criativa do Brasil. A
cidade do Rio detém mais de 70% de toda economia criativa do estado
e por isso precisamos desenvolver políticas públicas para
impulsionar ainda mais o desenvolvimento do setor", indicou
Clarissa, que acredita que o próximo passo para chegar a um
resultado ainda mais eficiente seja desenvolver um mapa tributário
do setor. "Precisamos desenvolver um mapa tributário da
economia criativa, para sabermos quanto o Rio deixa de faturar. É
preciso também aumentar o nível de formalização, pois esse é um
mercado de trabalho que a informalidade ainda predomina",
explicou a parlamentar. Já para Robson Leite, as informações devem
ser levadas em consideração na construção da Lei Estadual de
Cultura. "O plano estadual deve contemplar essa questão da
economia criativa. Esse é um setor importantíssimo, pois gera muito
trabalho, emprego e renda para a população e precisamos aproveitar
esse momento", alertou Robson Leite.
Ao todo, são 96 mil
profissionais empregados no núcleo criativo do Estado. Entre os
segmentos, Arquitetura/Engenharia é o mais numeroso, representando
mais de um terço (34.021 trabalhadores) do total. Na sequência
aparecem os setores de Publicidade (11.922 empregados), Software,
Computação & Telecom (10.132) e Design (9.770). O grande
destaque, contudo, fica por conta do segmento de
Pesquisa/Desenvolvimento. No Rio de Janeiro, sede de universidades de
renome internacional e diversos institutos de pesquisa, esse segmento
possui a maior participação de trabalhadores no núcleo criativo
entre todas as unidades da federação: 7,7%, contra 4,6% da média
nacional. Responsável pelo mapa, o gerente de estudos da Firjan,
Guilherme Mercês, explicou os motivos do estado fluminense ter
alcançado o topo do ranking criativo nacional. "Além da
vocação natural do Rio de Janeiro, da arquitetura e da cultura em
geral, a gente passa por um momento em que temos muita demanda para a
economia criativa. Com isso, o Rio se destaca no setor. Na verdade
esse mapeamento permite que a gente possa entender a qualidade de
cada setor criativo e customizar políticas públicas específicas,
que permitam o desenvolvimento da economia criativa como um todo",
disse Mercês.
O Rio é, ainda, o
grande protagonista do País no que diz respeito à remuneração. A
renda média dos profissionais criativos fluminenses (R$ 7.275) é a
maior do Brasil, além de quase quatro vezes superior à média do
mercado de trabalho estadual (R$ 2.002). Em oito dos 14 setores
criativos analisados, os profissionais fluminenses possuem as maiores
remunerações:
Pesquisa/Desenvolvimento (R$ 12.036);
Arquitetura/Engenharia (R$ 10.809), Artes Cênicas (R$ 7.015),
Software, Computação e Telecom (R$ 5.820), Televisão/Rádio (R$
4.709), Filme/Vídeo (R$ 3.671), Design (R$ 3.023) e Artes (R$
2.954). Para analisar o estudo de forma completa, com informações
detalhadas por profissão ou cidade, basta acessar o site
www.firjan.org.br/economiacriativa.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
Nenhum comentário:
Postar um comentário