quinta-feira, 20 de junho de 2013

SEM RECURSOS, COPPE/UFRJ PODE PARALISAR 300 PROJETOS EM ANDAMENTO

A Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro manifestou apoio à autonomia de captação de recursos do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, em audiência publica realizada nesta quarta (19), no plenário do Palácio Tiradentes. “Essa reunião serviu para abrir o debate sobre a instituição e suas formas de captação de verbas para o desenvolvimento de pesquisa”, comentou o presidente do colegiado, deputado Comte Bittencourt (PPS). Segundo o relato da chefe de Gabinete da Reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Ângela Uller, a Coppe/UFRJ tem 300 projetos em desenvolvimento que correm o risco de ficarem paralisados caso os recursos não cheguem.

“Após uma decisão da Controladoria Geral da União, os recursos de empresas privadas devem passar pela conta geral da UFRJ. Sendo assim, o dinheiro seria dividido para todas as instituições da universidade e, dessa forma, não atenderia a demanda da Coppe”, explicou Ângela, completando que a legislação federal é restritiva e o processo de liberação de verba proveniente da união atrasa o desenvolvimento das pesquisas. “A academia sempre esteve ligada às empresas, pois são espaços onde há operários, máquinas e produção, por exemplo, mecanismos diretos de contato com a sociedade. Por isso, é fundamental que continue a parceria e a entrada dos recursos diretos para a Coppe”, desabafou o diretor da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa.

Concordando com o diretor, o presidente da Comissão de Educação falou sobre a importância da Parceria Público Privada (PPP): “Não somos contra a transparência da gestão de recursos para as instituições. Todavia, é preciso um modelo de controle de contas diferentes, pois as parcerias são fundamentais para o avanço dos investimentos e das pesquisas”, completou Comte. A deputada Clarissa Garotinho (PR) disse que irá elaborar um projeto de lei, em parceria com Comte, que torne a Coppe um patrimônio imaterial do estado do Rio pelo seu modelo de gestão. “É um gesto político de reconhecimento e demonstração de apoio à entidade, e contra as amarras que travam o processo de livre pesquisa no âmbito acadêmico. Defendemos a pesquisa universitária para o progresso, a soberania e o desenvolvimento do Brasil”, finalizou.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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