sexta-feira, 7 de junho de 2013

SINDICALISTAS FARÃO NOVO ENCONTRO PARA DISCUTIR DIREITO DE ORGANIZAÇÃO

As comissões de Trabalho, Legislação e Seguridade Social da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro e de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil auxiliarão os servidores públicos no que diz respeito ao direito de organização em sindicatos, garantido através da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho. O vice-presidente da Comissão da OAB, Aderson Bussinger, afirmou, na audiência da Comissão de Trabalho nesta quinta (06), que irá encaminhar proposição para realizar uma segunda reunião sobre o assunto, dessa vez na sede da OAB-RJ. “Atuar como dirigente de movimento sindical nesse País está se tornando sinônimo de risco constante. Os meios para que o trabalhador se defenda são legitimados, mas não efetivados”, afirmou.

“Estamos cientes da fragilização da classe trabalhadora e da pulverização de seus direitos. A ajuda é bem vinda”, realçou o presidente da Comissão de Trabalho, deputado Paulo Ramos (PDT). O artigo 84 da Constituição do Estado permite que os servidores públicos se associem a sindicatos e exerçam o direito de negociação e greve; porém, como não há uma lei de regulamentação exata para essa questão, a proteção necessária, segundo os sindicalistas, é negligenciada. “Não temos avançado. Aliás, acredito que retrocedemos”, lamentou o vice-presidente do Sindicato dos Metroviários do Rio, Ariston Siqueira. Ele denunciou a ausência de garantias e estabilidades empregatícias aos trabalhadores que se envolvem com o movimento sindical.

O procurador-geral do Ministério Público Estadual do Trabalho, João Carlos Teixeira, ressaltou que, ao assinar a Convenção 151 da OIT, o Brasil é obrigado a implementar as mudanças previstas no acordo. “Está faltando a ação de um órgão gestor para tratar das questões trabalhistas da forma como a convenção estabelece. O servidor tem direito de negociar termos trabalhistas com o estado”, diz ele. 

O vice-presidente da Força Sindical do Rio, Marco Antônio de Vasconcellos, acrescentou que as privatizações estão dificultando a garantia desse direito para os trabalhadores. “As empresas estrangeiras impõem suas próprias regras e não consideram os sindicatos legítimos. O Brasil é signatário. Queremos o cumprimento do acordo”, declarou.

“A regulamentação é necessária para que essas pessoas não sofram represálias ou sejam demitidas. A luta principal é essa”, disse a vice-presidente da Comissão de Trabalho, deputada Janira Rocha (PSol). Paulo Ramos encerrou a audiência pública comprometendo-se com a continuidade da discussão. “A convivência com os movimentos é importante, ou não saberemos quais são suas reivindicações. Agora que ouvimos vários representantes de sindicatos, trataremos de cada tema individualmente”, pontuou.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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