Cada brasileiro produz em média 1,1 kg de lixo/dia e 49% desse lixo é depositado nos chamados lixões sem nenhum tipo de tratamento, causando danos irreparáveis ao meio ambiente. É neste contexto que o Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio está preparando um evento para tratar do tema e auxiliar os municípios fluminenses a gerir o lixo produzido por seus cidadãos. Nesta quinta (05), o Fórum recebeu o presidente do Conselho Empresarial de Energia da Associação Comercial do Rio de Janeiro, Edison Tito Guimarães, que falou sobre as melhores formas de se lidar com os resíduos e foi incisivo: o País ainda tem muito a avançar no tema.
Segundo Tito Guimarães, normas internacionais colocam o depósito em lixões como a pior maneira de se lidar com os resíduos, ficando atrás da incineração simples, incineração para geração de energia, compostagem, reciclagem e reuso. Guimarães afirma que o Brasil está muito atrasado na questão e, apesar da Política Nacional de Resíduos Sólidos determinar que em 2014 todos os lixões a céu aberto sejam desativados, ele não acredita que a meta irá ser alcançada. "Aqui os municípios são responsáveis pelo manejo do lixo, mas não há orçamento suficiente, pois há necessidade de um investimento pesado. Também não existem políticas de incentivo ou financiamento em nível federal para estimular esses processos", explicou.
De acordo com a subdiretora-geral do Fórum, Geiza Rocha, a entidade pretende discutir a questão com empresas e representantes do setor energético em um evento que será realizado em novembro. "Hoje pudemos identificar alguns entraves na adoção de tecnologias de gestão do lixo e a ideia é aprofundar o debate com o setor energético. O foco do evento que está sendo preparado será o aproveitamento do lixo como matriz energética, vamos ajudar os municípios do estado a buscar meios de implementar essas tecnologias", explicou Geiza.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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