sábado, 22 de março de 2014

FÓRUM PLANEJA LEGADO PROFISSIONAL PARA VOLUNTÁRIOS DAS OLIMPÍADAS‏

Do voluntariado ao mercado de trabalho, o caminho para se conseguir um emprego pode passar pelos gramados da Copa do Mundo e pelas arenas esportivas das Olimpíadas de 2016. Para explicar como se chega ao alto desse pódio, a gerente de marketing Bianca Gama Pena, mestre em gestão de megaeventos, pesquisou o trabalho realizado pelos organizadores dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, e os Jogos de Inverno, em Vancouver (Canadá), em 2010, e descobriu que a intensidade do treinamento dado à mão de obra temporária dessas competições fez a diferente na hora de conquistarem um lugar ao sol depois.
A especialista mostrou nesta sexta-feira (21), no Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, durante a reunião da Câmara Setorial de Formação Profissional e Educação Tecnológica, como Londres e Vancouver prepararam jovens com menor grau de instrução e fora do mercado de trabalho. Esses voluntários passaram por um programa de orientação vocacional e um treinamento semi profissionalizante, transformando o treinamento num programa de inclusão com foco no primeiro emprego após a realização dos Jogos.
Segundo Bianca, foi feito em Londres um trabalho de conscientização entre voluntários e empresas, que resultou em mais postos de trabalho e mais patrocínios. Ela também citou como contraponto negativo os Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio, onde foram dadas apenas 16 horas de treinamento, mas sem preocupação com uma futura colocação profissional. Essa falha fez com muitos que se inscreveram como voluntários retirassem seus kits sem que tenham aparecido para trabalhar, obrigando os organizadores a buscar interessados em outros países.
Dos que participaram do Pan de 2007, 73% responderam em pesquisa que não trabalhariam como voluntários de megaeventos novamente. "Nosso objetivo é juntar o Comitê Olímpico Brasileiro, universidades e a iniciativa privada, criando um plano de capacitação continuada para esse corpo voluntário de forma que ele receba algum tipo de retorno, que vá além da experiência nos Jogos" explicou Bianca. A secretária-geral do Fórum, Geiza Rocha, definiu que, na próxima reunião, dia 11 de abril, irá convocar o COB para apresentar o modelo de treinamento que será usado nos Jogos do Rio e encaminhar uma proposta de trabalho para o treinamento dos voluntários. "Sabemos que 50% do voluntariado tem entre 17 e 24 anos e queremos alimentar o sonho desse público em participar do movimento olímpico que acontecerá na capital daqui a dois anos", disse Geiza.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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