A Comissão Especial de Investigação, criada para apurar possíveis atos de desvio administrativo e quebra de decoro parlamentar, cometidos pelo vereador Carlos Macedo (PRP), teve o prazo para conclusão dos trabalhos prorrogado por mais 90 dias. Durante a sessão plenária da última quarta-feira (30), com duração de quase cinco horas, a maioria dos vereadores decidiu aprovar o requerimento, de autoria do presidente da Comissão, Renato Cariello (PDT), que pedia a prorrogação. A denúncia feita pelo relator da Comissão, Paulo Eduardo Gomes (PSOL) foi rejeitada, por ora, em decisão do plenário.
Segundo Renato Cariello o documento final do relator não foi conclusivo e há necessidade de convocar Carlos Macedo e os funcionários de seu gabinete investigados pela Justiça.
"O relatório não foi submetido aos demais membros da Comissão durante a elaboração e apresenta brechas em sua formulação, que podem dar margem para futuros questionamentos por parte dos advogados do investigado. A não liberação do conteúdo total dos autos do processo pelo Ministério Público, o pedido para que não fossem revelados ao público, nem mesmo o pouco que nos foi permitido ter acesso, e o pouco tempo que todos os vereadores tiveram para analisar o documento, contribuíram para meu pedido de prorrogação" explicou Cariello.
Antes o relator fez a leitura da sua denúncia com base nos indícios apontados por ele, sendo rejeitada por ser considerada “inconclusiva”. Votaram a favor da denúncia cinco vereadores e contrários 13. Um vereador se absteve de votar. Os vereadores que votaram pela prorrogação alegaram na justificativa de voto que a prorrogação vai permitir que mais documentos sejam requisitados, que os envolvidos possam ser ouvidos e que o conjunto dos vereadores tenham amplo acesso ao relatório final. Após a rejeição da denúncia a bancada do PSOL retirou-se do plenário e o pedido de prorrogação foi aprovado por unanimidade entre os presentes.
Ascom CMN
Edição: Camilo Borges