quarta-feira, 10 de novembro de 2010

PT VAI AVALIAR ALIANÇA COM O GOVERNO PEDETISTA EM NITERÓI

O presidente do PT de Niterói, Anderson Pipico, negou ontem que o partido tenha iniciado o debate sobre a hipótese de a legenda deixar o governo municipal. Apesar de reconhecer que alguns setores da sigla já manifestaram o descontentamento com o tratamento recebido pela administração local, Pipico não acredita que o assunto entre na pauta antes do final deste ano. Ele acha pouco provável que o tema seja discutido no próximo encontro do Diretório, no dia 9 de dezembro.
Segundo o dirigente, os petistas se queixam da falta de estrutura para o trabalho das três pastas ocupadas por filiados do partido. Ou seja, as secretarias de Assistência Social e as regionais de Charitas e Preventório e Itacoatiara.
“Ainda não houve qualquer discussão do PT sobre esta possibilidade (de deixar o governo). Porém, eu estou percebendo que cresce um insatisfação nas diversas correntes do partido, por causa da relação com o governo”, afirmou o presidente do PT. Pipico acrescentou que, na reunião da Executiva, segunda-feira, só foram tratadas questões burocráticas.
As pastas regionais são controladas pelos vereadores petistas André Diniz e Vitor Junior. Segundo o presidente do partido, o PT teria pouco mais de 50 cargos no governo municipal.
Embora não exista indício de mudança de política em relação ao município, - isto é, o PT entregar os cargos e mergulhar na oposição -, oficialmente dois nomes já se colocaram como prováveis candidatos à sucessão em 2012: os deputados (estadual reeleito) Rodrigo Neves e Chico D’Angelo (federal), primeiro suplente na legislatura que começa em 2011, já que não se reelegeu.
“Apesar de a sucessão estar longe, mais cedo ou mais tarde o assunto será tema dos organismos do partido”, completou ele. Segundo o estatuto do partido, para que os petistas “mudem de lado” a nova política precisa ser referendada pelo PT municipal num encontro de todos os filiados, não podendo ser apenas uma decisão do Diretório petista.

DESISTÊNCIA
Com a desistência do senador eleito Lindberg Farias de colocar seu nome para ocupar um cargo na administração da presidente eleita Dilma Rousseff (ambos do PT), optando por defender que um parlamentar federal reeleito da legenda entre na briga por um ministério no próximo governo federal, cresce a possibilidade de Chico D’Angelo permanecer em Brasília. Se Lindberg pretendesse ir para uma pasta federal, sua cadeira no Senado em 2011 seria ocupada pelo deputado estadual Olney Botelho (PDT), primeiro suplente do petista.
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