terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Allan Turnowski deixa Polícia Civil do Rio para “preservar bom funcionamento das instituições”

Rio de Janeiro – O delegado Allan Turnowski, chefe da Polícia Civil do Rio, deixou hoje (15) o cargo. A Secretaria Estadual de Segurança Pública do Rio de Janeiro informou as mudanças no comando por meio de nota oficial. De acordo com o documento, a decisão foi tomada após conversa com o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame. Eles teriam concluído que esta é a decisão mais adequada para “preservar o bom funcionamento das instituições”.

Ainda na nota, a secretaria destaca que em um ano e dez meses de trabalho no comando da Polícia Civil, Allan implantou projetos que contribuíram para a redução da criminalidade no estado. “Neste período, a Polícia Civil ganhou uma delegacia exclusiva para investigação de homicídios; fez prisões importantes contra a milícia; reduziu em taxas inéditas o roubo de veículos no estado; além de melhorar a produtividade das delegacias quanto ao número de inquéritos relatados com autoria”.

O documento enfatiza também que a realização de eventuais mudanças na equipe não vão prejudicar o compromisso assumido com a sociedade “que é o de fazer do Rio um lugar cada vez mais seguro”. Ainda não há informações sobre quem assumirá o cargo.

A saída de Turnowski acontece menos de uma semana após a Operação Guilhotina, desencadeada pela Polícia Federal no Rio, para prender policiais militares e civis acusados de ligação com traficantes e milicianos. O grupo é acusado de vazar informações sobre as operações policiais e de desviar material de apreensão. Entre os presos na Operação Guilhotina está o delegado Carlos Oliveira, considerado homem de confiança de Turnowski.

Ontem (14), a Corregedoria da Polícia Civil começou uma devassa na Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) em busca de provas de que agentes estariam envolvidos em esquemas de corrupção. As denúncias foram feitas por meio de carta anônima endereçada a Turnowski. Ele negou que a devassa tenha sido uma represália à atuação do delegado Claudio Ferraz, responsável pela unidade. Ferraz ajudou a Polícia Federal na Operação Guilhotina.

Agência Brasil

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