quarta-feira, 18 de maio de 2011

DADOS DA EDUCAÇÃO MOSTRAM REDUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS ANALFABETOS

Diminuição do número de analfabetos e da distorção idade/série foram alguns dos dados apresentados pela Secretaria de Estado de Educação nesta quarta-feira (18), durante audiência pública da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Presidente da comissão, o deputado Comte Bittencourt (PPS) considerou o balanço positivo, apesar de ainda demonstrar preocupação com os dados referentes à questão salarial e de estrutura da rede estadual de ensino. “A exposição desses números é uma determinação da nova Lei de Responsabilidade Educacional, de minha autoria. Esse é o segundo ano da prestação de contas e já houve um aperfeiçoamento, apesar de alguns dados defasados. Seguramente essa prática de apresentação de indicadores vai fazer com que o povo fique mais atento”, apontou o parlamentar.

O relatório educacional do Governo foi apresentado pelo subsecretário de Gestão da Rede e de Ensino de Educação, Antônio Paiva Neto. De acordo com o documento apresentado, o estado conta com 1,175 milhão de alunos matriculados nos ensinos Médio e Fundamental. Sobre a taxa de analfabetismo, Neto frisou que entre os alunos com idades que variam de 10 a 14 anos, o índice fluminense caiu de 1,3%, em 2009, para 0,6% de analfabetos, em 2010. Já para os alunos com mais de 15 anos, o número de 2010 foi de 4,0%, enquanto em 2009 foram registrados 4,8% de analfabetos.

Considerado pelo subsecretário como um dos aspectos mais problemáticos, a distorção idade/série diminuiu de 45% para 40%. O relatório mostrou, ainda, que existem 76.963 professores ativos na rede estadual, e apenas 73 professores com contratos temporários. Sobre a infraestrutura das escolas, o documento apontou que, dentre as 1.452 escolas estaduais, 1.087 contam com laboratórios de informática, 1.044 delas possuem bibliotecas, 1.378 contam com quadras poliesportivas e 446 com laboratórios de ciências. O subsecretário lembrou também as atividades extracurriculares regulares oferecidas em escolas da rede pública estadual, como aulas de dança, música, instrumentos musicais, artesanato, ciências e atividades esportivas e culturais.

Bittencourt disse, porém, que a falta de professores ainda é uma realidade que preocupa a comissão. “Para mim o mais preocupante é a questão dos professores. A rede tem uma carência enorme desses profissionais, apesar de ter realizado concurso público e contratado quase 30 mil novos professores. O salário não motiva a sociedade a procurar a carreira docente. A questão do estado do Rio continua sendo o investimento. A cada dia, 22 professores deixam a rede”, lembrou o presidente da comissão. Os deputados Andreia Busatto (PDT), Clarissa Garotinho (PR) e Robson Leite (PT), além de representantes do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe-RJ) e da União dos Professores Públicos no Estado (Uppes), também participaram da reunião.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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