quinta-feira, 28 de junho de 2012

COMISSÃO PROPÕE INCLUIR DISCRIMINAÇÃO DOS TRIBUTOS EM ESTUDO DO CONFAZ

A Comissão Especial da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro Criada para Acompanhar o Cumprimento da Lei da Transparência nos Gastos Públicos no Estado e Municípios Fluminenses enviará ao Conselho Nacional de Política Fazendária, vinculado ao Ministério da Fazenda, proposta para que a discriminação de impostos nas notas fiscais seja incluída nos estudos para futuras regulamentações do Programa Aplicativo Fiscal, Emissor de Cupom Fiscal. A decisão, tomada em audiência pública nesta quarta (27), objetiva fazer com que a população tome conhecimento do montante de tributos inseridos em todas as transações econômicas do cotidiano.

“A comissão quer que essa demanda do estado do Rio seja levada em consideração na produção das próximas regulamentações. O fato é que o Brasil está desatualizado e as pessoas precisam tomar consciência que pagam muitos impostos. Acredito que, só dessa maneira, haverá maior cobrança pelo melhor emprego do dinheiro público”, argumentou o presidente da comissão, deputado Flávio Bolsonaro (PP). De acordo com o presidente do Sindicato de Gêneros Alimentícios do Município do Rio de Janeiro, Napoleão Velloso, a discriminação dos impostos traria benefícios também para os comerciantes. “Ao comprar um produto, o consumidor, muitas vezes, acredita que todo o valor é revertido para o lucro do vendedor, mas grande parte vai para o Governo”, destacou Velloso.

Durante a audiência, o economista Christian Travassos, da Fecomércio, reapresentou a pesquisa sobre “Impacto de Tarifas e Tributos”, mostrando resultados divididos por classes sociais. Entre os integrantes das classes A e B, 77% têm consciência do pagamento de impostos nas transações diárias. Na classe C, a porcentagem cai para 59% e, nas classes D e E, para 53%. “Esses números só confirmam a necessidade clara de conscientização da população”, ressaltou o relator da comissão, deputado Pedro Fernandes (PMDB). O subsecretário de Receita da Secretaria de Estado da Fazenda, Luiz Henrique Casemiro, reiterou a disponibilidade do órgão para a cooperação nesse processo.

“A secretaria defende a transparência. Contudo, temos a preocupação com o aumento dos gastos, principalmente para os pequenos empresários, e com a própria informação repassada ao consumidor. Afinal, devido à complexidade do sistema tributário brasileiro, os valores calculados poderiam não representar a realidade”, destacou Casemiro.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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