terça-feira, 22 de novembro de 2011
ALERJ VAI MEDIAR PROPOSTA PARA REENQUADRAMENTO DE POLICIAIS CIVIS
O Governo do estado vai apresentar uma proposta para a implantação do projeto de reenquadramento de cargos e salários da Polícia Civil, reivindicado pela corporação, na próxima quinta (24). O anúncio foi feito pelo subsecretário de Gestão Estratégica da Secretaria de Estado de Segurança, Hélio Pacheco Leão, nesta segunda (21), durante reunião da Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia da Alerj. Presidente da comissão, o deputado Zaqueu Teixeira (PT) lembrou que o colegiado mediará esse debate. “O resultado do que for pactuado virá para essa Casa para ser votado”, apontou o parlamentar.
Segundo Leão, as reivindicações da classe, como a implantação do projeto de reenquadramento e a antecipação das parcelas do reajuste que foi concedido pelo estado, foram analisadas pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão. “Parte das reivindicações da corporação será atendida. Na próxima quinta, teremos uma reunião com os técnicos da Seplag e buscaremos mais informações. A diminuição do tempo na progressão das classes da Polícia Civil estará em debate. Por exemplo, as seis classes da carreira de Inspetor e de Oficial de Cartório serão reduzidas para quatro, como a categoria está querendo, ou seja, o policial entra na corporação e com 15, 20 anos de carreira chega ao topo. Isso é estimulante para quem ingressa na Polícia”, avaliou o subsecretário.
Ele disse ainda que as proposta da categoria estão sendo analisadas, mas que, no momento, não poderão ser atendidas em sua totalidade, pois causariam um impacto de R$ 686 milhões nas contas do Governo. Zaqueu Teixeira informou também que apresentou emenda ao orçamento de 2012, para garantir que se faça o plano de reenquadramento de cargos e salários. “Essa emenda permite ao estado, dentro do remanejamento, fazer a redistribuição para o novo plano dessas carreiras. Então, já apresentamos o texto e, com isso, pretendo propiciar que esse reenquadramento se faça, porque já existe previsão no orçamento e no Plano Plurianual. É uma condição para que possamos, efetivamente, colocar os policiais em uma nova carreira e valorizar a categoria”, explicou o petista.
Inspetor de Polícia e diretor financeiro do Sindicato dos Policiais Civis do Estado, Francisco Chao afirmou que a instituição está trabalhando com um terço da sua capacidade. “De 22.259 cargos na Polícia, temos ocupados somente 9.320. Houve uma evasão de 80% em dez anos. Não temos como competir com a Polícia Federal em termos salariais, e isso fez com que o profissional que ingressa na corporação hoje veja a Civil como transitória. A carreira não tem estímulo e remunera mal”, ponderou Chao.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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