sábado, 19 de novembro de 2011
DEPUTADOS DESTACAM A IMPORTÂNCIA DE AÇÕES SOCIAIS NA ROCINHA
Esgoto a céu aberto, lixo acumulado, vielas estreitas e moradores ainda receosos e desconfiados, apesar do clima de tranquilidade com a presença de policiais em toda a comunidade da Rocinha. Este foi o cenário encontrado pelos deputados membros da Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, em visita realizada nesta sexta (18) à comunidade, recém-ocupada pelas forças de segurança do estado. Presidente da comissão, o deputado Zaqueu Teixeira (PT) afirmou que o grupo fará um relatório apontando sugestões de ações que devem ser desenvolvidas na comunidade. “A segurança pública precisa aliar o trabalho policial, que está sendo bem feito, com o trabalho social, levando dignidade e cidadania. Isso é fundamental para o sucesso do projeto de pacificação”, declarou.
Os deputados foram guiados pelo presidente da associação de moradores da Rocinha, Leonardo Lima, e conversaram com moradores, comerciantes e policiais no interior da favela. Na entrada da comunidade era visível a presença de serviços públicos, como agentes de saúde e de combate à dengue, funcionários da Light e da Companhia Estadual de Aguas e Esgoto e da Companhia Municipal de Limpeza Urbana, entre outros. Porém, no interior da comunidade, em locais de difícil acesso, problemas como o grande acúmulo de lixo impressionaram os deputados. “Enquanto o poder público não faz obras estruturantes para gerar acessibilidade, é necessário interiorizar os serviços, principalmente de limpeza e saneamento, para que possamos aperfeiçoar a presença do Estado aqui na Rocinha”, destacou Zaqueu, que estava acompanhado dos deputados André Lazaroni (PMDB) e Flavio Bolsonaro (PP), ambos integrantes do colegiado.
Para o presidente da associação de moradores, a solução para o problema do lixo passa pela conscientização da população e a ação do poder público. “Minha proposta é que algumas casas da comunidade sejam desapropriadas para a construção de depósitos de lixo, que seria recolhido por garis comunitários”, opina. “Se tivesse um trabalho estruturado, com lixeiras ao longo das ruas e vielas, não teria todo aquele lixo acumulado”, completou Leonardo Lima. O deputado André Lazaroni lembrou, ainda, a necessidade do desenvolvimento de outras ações, como o incentivo à cultura. “Nós conhecemos uma casa que já foi um centro cultural, mas que estava totalmente abandonada. Vou propor que este espaço seja reativado, assim como outras iniciativas voltadas para o benefício da população”, relatou o parlamentar.
Bope apreende armas, munições e explosivos durante a visita
Na saída da comunidade, os parlamentares presenciaram a apreensão de grande quantidade de munição, um fuzil, bombas de fabricação caseira e motos roubadas. O major Maurílio Nunes, que estava no comando do Batalhão de Operações Especiais no momento da visita, ressaltou que as apreensões só são possíveis graças à cooperação dos moradores. “A comunidade está acreditando no nosso trabalho, denunciando esconderijos de armas, drogas e de marginais que ainda estão na comunidade. Estamos trabalhando, também, em conjunto com órgãos públicos como a Comlurb, que está limpando a comunidade e encontrando muita coisa que os traficantes tentaram esconder em meio ao lixo”, relatou o major.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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