quinta-feira, 24 de novembro de 2011

VAZAMENTO DE ÓLEO NA BACIA DE CAMPOS É TEMA DE AUDIÊNCIA NA ALERJ


Discutir a extensão dos danos territoriais do derramamento de óleo causado pela empresa americana Chevron no campo de Frade, na Bacia de Campos, litoral Norte fluminense, é o objetivo da audiência pública conjunta que será realizada pelas comissões de Defesa de Meio Ambiente, presidida pelo deputado Átila Nunes (PSL), Saneamento Ambiental, presidida pela deputada Aspásia Camargo (PV), e de Minas e Energia, presidida pelo deputado Rafael do Gordo (PSB), da Assembleia Legislativa do estado do Rio de Janeiro. O evento acontecerá nesta quinta (24), às 14h, no Auditório Senador Nelson Carneiro, prédio anexo do Palácio Tiradentes. Os parlamentares pretendem ouvir a própria Chevron e saber, de órgãos ambientais, quais medidas podem ser tomadas para reduzir ou reparar os impactos.

“Esse acidente é a prova inquestionável dos riscos ao patrimônio ambiental do estado do Rio de Janeiro, por isso a compensação através dos royalties”, lembra o deputado Átila Nunes. Membro da mesma comissão e autor da lei que institui Macaé como Capital do Petróleo, o deputado Sabino (PSC) afirma que acidentes como o da Chevron afetam, em especial, os municípios que fazem parte da Bacia Produtora. “É preciso esclarecer as péssimas condições estruturais de várias plataformas de petróleo, que acabam por ocasionar estes tipos de acidente. No caso da Chevron, inclusive, devemos estar atento à possibilidade de o petróleo vazado atingir as praias do Rio de Janeiro, desde Angra dos Reis até Macaé”, complementa o parlamentar.

A preocupação é compartilhada com a deputada Aspásia Camargo. Ela afirma que a audiência será um primeiro passo para a investigação do caso. “Há muitas coisas para se apurar. Essa audiência pública será apenas para iniciarmos o processo. Os municípios do Rio de Janeiro estão ameaçados, podendo ter suas festividades de final de ano suspensas. Queremos ouvir e saber o que as autoridades responsáveis farão, diante desse episódio triste”, disse Aspásia. Já o vice-presidente da Comissão de Minas e Energia, deputado Alessandro Calazans (PMN), acrescenta que o caso não pode ser minimizado. “Algumas questões precisam ser respondidas, como qual a verdadeira quantidade vazada; qual o contingenciamento que foi realizado; se a Chevron tinha ou não um plano de emergência para lidar com a situação”, enumerou o parlamentar.

Foram convidados para o evento o diretor da Chevron Brasil, George Buck, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, o secretário de Estado de Ambiente do Rio, Carlos Minc, a presidente do Instituto do Ambiente do Estado do Rio de Janeiro, Marilene Ramos, e o diretor geral da Agência Nacional de Petróleo, Haroldo Lima, entre outras autoridades.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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