sexta-feira, 17 de agosto de 2012

COMISSÃO DA ALERJ INICIA DEBATES SOBRE A SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA‏

A Comissão de Tributação, Controle da Arrecadação Estadual e Fiscalização dos Tributos Estaduais da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, presidida pelo deputado Luiz Paulo (PSDB), iniciou, nesta quinta (16), uma série de audiências públicas para tratar da substituição tributária. Segundo o parlamentar, a reunião foi realizada atendendo ao artigo 4º da Lei, que dispõe que as Margens de Valor Agregado serão encaminhadas pela Secretaria de Estado de Fazenda às entidades representativas dos setores relevantes, como a indústria e o comércio, bem como à comissão. “Ao final dessas audiências públicas, vamos fazer um ofício à Sefaz apresentando o resultado dessas reuniões e sugerindo alterações nos produtos que encontrarmos irregularidades ou MVA's que não sejam aceitáveis”, relatou o deputado.

Luiz Paulo acrescentou que, caso a comissão não seja atendida, irá “apelar para produzir uma lei específica sobre aquele determinado caso”. O presidente do colegiado lembrou que a discussão sobre o assunto continua na próxima segunda-feira (20), às 10h, no Palácio Tiradentes. Ele disse também que a substituição tributária “era para ser aplicada somente nos produtos de grande varejo, com altas variações de preço e MVA's com percentual que correspondam à realidade”. A margem costuma ser determinada com base em preços usualmente praticados no mercado, obtidos por levantamento, ainda que por amostragem ou através de informações e outros elementos fornecidos por entidades representativas, adotando-se a média ponderada dos preços coletados.

“Quanto maior a margem de valor agregado que o estado coloca, mais ele arrecada antes da venda e mais exonera o bolso do contribuinte. A MVA tem que ser feita através de pesquisa de mercado, pois precisamos atribuir a ela transparência e discutir se os valores estão corretos. Hoje, tirando refrigerante e cerveja, todos os produtos estão taxados sem ter sido feita uma pesquisa de mercado”, criticou o deputado. 

O secretário de Estado de Fazenda, Renato Villela, disse que, por enquanto, as ponderações dos setores têm sido relacionadas apenas à variação da margem. “De maneira geral, ainda não colocaram nenhuma objeção mais técnica. Vamos aguardar até o final das reuniões e cumprir os prazos determinados pela legislação”, esclareceu.

A advogada-chefe da Divisão Tributária da Federação das Indústrias do Estado do Rio, Cheryl Berno, defendeu que a substituição tributária seja restrita. “Não deve ser ampla como atualmente, com a inclusão de centenas de produtos”, apontou.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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